Governo quer segurar reforma ministerial para o início de 2012
No Palácio do Planalto, há consenso de que a queda sucessiva de ministros em poucos meses começa a criar desgaste na imagem do governo, gera uma paralisia em vários órgãos e pastas atingidas e deixa a própria Dilma aprisionada numa agenda negativa.
Dilma terá forças para enfrentar a corrupção até o fim? |
Não concordo com essa visão e acho que a única coisa de bom senso que a presidente Dilma tem a fazer é procurar melhor as pessoas para ocupar cargos relevantes, como forma de diminuir os escândalos de corrupção e consequentemente diminuir o dinheiro que entra pelo ralo nestes casos.
Não podemos imaginar o Brasil como um país que resolverá o problema do mau caratismo dos brasileiros de uma hora para outra, o problema é maior do que podemos imaginar e, passa por questões culturais, salariais e pelo próprio ambiente de permissividade encontrado nas esferas públicas governamentais. A questão é crônica, pois não imagino o político brasileiro em qualquer patamar, com raríssimas exceções, pensar ou atuar sobre algo sem que pense primeiro em quanto levará daquilo, seja a construção de uma estrada, seja a aquisição de um remédio ou vacina, seja a construção de um hospital, seja um serviço de saneamento básico, enfim, tudo. O brasileiro já cresce com esta cultura de levar vantagem em tudo e, se a coisa é pública, o seu pensamento é de que aquilo não tem dono e pode usar da maneira que quiser. Cabe portanto, aos governantes, usarem de critérios mais técnicos e menos políticos na escolha dos servidores que, afinal, são para servir ao povo e não ao governante da vez.
O que poderia criar uma agenda negativa para Dilma não é a troca constante de auxiliares, mas a falta de impunidade a quem delinquisse, tão comum para o seu antecessor. Por isso cabe a todos os brasileiros manifestar apoio em alto e bom som, saindo às ruas mesmo, a medidas que tenham por fim extirpar do poder os sanguessugas do dinheiro público.
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