segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Belo desfile, grandes falhas

Um belo desfile cívico foi realizado ontem em Araripina, belo e longo como jamais foi feito, muitas homenagens realizadas, lindas vestimentas e fantasias, enfim um desfile quase perfeito. É claro que sabemos o quanto é trabalhoso organizar um desfile daquela magnitude, mas sabemos também que há tempo de sobra para isso, e se algo sai mal feito temos que falar.
Ontem entre tantas homenagens prestadas, percebemos que quem fez a pesquisa para o tema desta ou daquela outra escola, falhou na coleta dos dados, por exemplo, citaram apenas dois cinemas da cidade como os únicos que já existiram, esquecendo de mencionar o primeiro aqui instalado, o saudoso Cine Fátima, que funcionava ali na praça frei Ibiapina, ou seja de três esqueceram um, o primeiro, o precursor, falha feia. Lembrando que o cine Fátima foi trazido instalado em Araripina pelo Sr. Arnaldo Lage que, trouxe também a primeira difusora da cidade quando esta, era uma das poucas formas de comunicação em massa existentes e motivo de reunião e congraçamento a população local. Há de se ressaltar também as escolhas um tanto quanto equivocadas de homenagens prestadas como às padarias e às pessoas de fora que pouco ou nada fizeram por este lugar; mas aqui é assim, os de casa não são lembrados e poucos são homenageados e mesmo aqueles que muito contribuíram e ou contribuem para o crescimento do lugar não tem vez, são esquecidos mesmo.
Outras falhas a meu ver, cruciais para reforçar os aspectos negativos do desfile, foram a excessiva quantidade de escolas a desfilar, o fato de muitas escolas - municipais principalmente - desfilarem sem o som de qualquer banda marcial, quando o município dispõe de uma que poderia acompanhá-las ou então imitar o desfile de escolas de samba em que a bateria fica num espaço próprio, recuada, para que seu som seja ouvido por todas as alas; para isso basta que todas as escolas municipais desfilem seguidamente. Lembramos também, que já poderia ter sido posto em prática o devido isolamento com cordas, da área de desfile próxima ao coreto das autoridades, de um lado e do outro para evitar o afunilamento daquela pela população.
Um ponto que evidencia o desconhecimento de quem organiza, é que se trata como o próprio nome já diz, de um desfile, então, não se justifica que as escolas ou alas ou as bandas marciais parem em frente ao coreto para coreografias várias, homenagens e reverencias podem ser feitas mas sempre em desfile, andando sem paradas, pois estas, só atrasam o evento, que extrapola a paciência das pessoas e põe em risco a saúde de quem desfila com o calor sufocante, sede e fome de muitos que saem cedo de casa para participar e, afinal de contas, trata-se de um desfile. Esperamos que ano que vem tais situações sejam resolvidas.
De qualquer modo, parabenizamos a todos pelo belíssimo espetáculo que mantém vivo algo que por muito tempo andou esquecido e que deixou de acontecer por vários anos.

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