Rio de Janeiro, 20 set (EFE).- "Tropa de Elite 2", do diretor José Padilha, foi o filme escolhido para representar o Brasil no prêmio de melhor filme em língua estrangeira do Oscar 2012, informou nesta terça-feira o Ministério de Cultura.
"Por sua qualidade técnica e artística, Tropa 2 saltou à frente dos outros indicados", anunciou a secretária de Audiovisual, Ana Paula Santana, afirmando que a decisão da comissão de seleção foi unânime.
Escolhido entre 14 filmes, "Tropa de Elite 2" - sequência do longa premiado com o Urso de Ouro no Festival de Berlim (2008) -, retrata a violência e a ação do crime organizado nas favelas do Rio de Janeiro. Sem fugir do contexto, o filme também aborda a corrupção política e policial sob a perspectiva do Bope, batalhão de operações especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
Em entrevista à Rede Globo, Padilha se mostrou orgulhoso pela oportunidade, mas se mostrou cauteloso diante da possibilidade de conquistar o prêmio.
"É muito difícil escolher entre todos esses filmes", disse Padilha em referência à qualidade de alguns dos filmes de diferentes países que concorrem na categoria.
No papel do capitão Nascimento, o ator Wagner Moura contribui para dar mais realismo ao filme, que apresenta inúmeras cenas de tiroteios e perseguições.
Apenas dois meses após a estreia nos cinemas, "Tropa de Elite 2" já havia se transformado na produção nacional que mais arrecadou com bilheteira na história do cinema brasileiro, alcançando mais de 10,7 milhões de espectadores.
Para ser o representante brasileiro no Oscar, o filme de Padilha superou, entre outros, "Assalto ao Banco Central", de Marcos Paulo; "As Mães de Chico Xavier", de Glauber Filho e Halder Gomes, e "Lope", de Andrucha Waddington. EFE
Yahoo Brasil
Mais um filme brasileiro para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mais um que não leva a estatueta. O filme bateu recorde de bilheteria aqui no Brasil mas, no meu modo de ver não é o tipo de filme apreciado pela crítica internacional que não aceita muito bem as cenas cruas que costumam aparecer no cinema nacional. São cenas muito reais e de forte violência mostrando como são as coisas no submundo do tráfico carioca,além de na maioria das vezes as cenas de sexo serem mostradas ao exagero e talvez seja aí, onde geralmente peca a produção nacional.
Esperamos que desta vez o resultado seja outro e o filme possa conquistar o Oscar, mas francamente, ninguém vai morrer se não trouxer, o filme é bem feito, muito bem produzido e o elenco super ótimo, tanto que agradou em cheio ao publico brasileiro e, em que pese a necessidade de tornar o cinema brasileiro mais conhecido lá fora, isso é o que importa mais, afinal o cinema brasileiro por longos anos patinou entre o ridículo e a mediocridade, então é inquestionável o avanço conseguido nos últimos anos.