sexta-feira, 1 de julho de 2011

Um ato grandioso

Justa homenagem foi prestada ontem pelo congresso nacional, ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que numa fala bastante descontraida se disse surpreendido pela homenagem e emocionado falou que geralmente, as pessoas são homenageadas somente ao morrerem e ficava bastante feliz pelo fato de ter sido lembrado e reconhecido como um dos melhores homens publicos que este país ja teve, bem como, pela integridade enquanto pessoa e politico.
O congresso soube deixar de lado as picuinhas terceiro mundistas da politica brasileira e, oposição e situação se uniram num gesto nobre de louvor a quem muito fez e faz pelo Brasil e pelo mundo. Abaixo, texto publicado pela Folha de Pernambuco sobre a solenidade.


Coluna da Folha de Pernambuco da sexta-feira, 01/06/11
Como gosta de lembrar o ex-ministro Ciro Gomes, PSDB e PT têm a mesma origem política. Mas como ambos nasceram em São Paulo e disputam espaços de poder naquele Estado há mais de 30 anos, dão a entender que defendem propostas antagônicas. Ou seja, que o primeiro seria de “direita” e o segundo de “esquerda”. Nada mais falso. Ambos são produtos do velho MDB, após a grande frente democrática presidida pelo deputado Ulysses Guimarães ter esgotado a sua luta institucional.
Apesar da disputa paulistana, que coloca esses partidos em campos opostos na eleição para o governo estadual, houve um show de civilidade política, ontem, na sessão comemorativa do Senado pela passagem dos 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o mais ilustre dos tucanos, na atualidade. Foram abraçá-lo o vice-presidente Michel Temer, o governador Eduardo Campos, o presidente da Câmara Marco Maia e o senador Cristovam Buarque, todos aliados de Dilma Rousseff.
 
Bem verdade que Fernando Henrique Cardoso trocou farpas desnecessárias com o seu sucessor na presidência da República, Luiz Inácio da Silva. Mas isso são águas passadas e faz parte da história de país subdesenvolvido. O importante é que o Brasil começou a reconhecer a importância do seu governo e que políticos que não rezam pela cartilha do tucanato tenham ido abraçar o ex-presidente, que não esperou morrer para receber a homenagem que o Brasil, merecidamente, lhe tributou. 

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